Residência Austral - poética suada
Mais
transpiração
Passeava
(assobiava?), meio desnudado, aborrecido de estar deitado; pesava o
maldito calor que, cada vez mais, fazia baixar o teto na minha
direcção;
caminhava balanceando as mãos, ouvindo o ruído das chinelas,
sentindo o contínuo descolar das axilas; movia a cabeça de um lado
para o outro, aspirando o ar quente e húmido, o que fazia crescer
uma expressão de asco na minha cara.
Era o verão, inchando-se
preguiçoso e carregado de ar lento, pesado, de nada, de um calor
escandaloso.
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