terça-feira, 15 de março de 2016

Residência Austral - poética suada


Mais transpiração

Passeava (assobiava?), meio desnudado, aborrecido de estar deitado; pesava o maldito calor que, cada vez mais, fazia baixar o teto na minha direcção; caminhava balanceando as mãos, ouvindo o ruído das chinelas, sentindo o contínuo descolar das axilas; movia a cabeça de um lado para o outro, aspirando o ar quente e húmido, o que fazia crescer uma expressão de asco na minha cara.

Era o verão, inchando-se preguiçoso e carregado de ar lento, pesado, de nada, de um calor escandaloso.

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